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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Profissão: político

“A política talvez seja a única profissão em relação a qual se
considera que nenhuma formação prévia é necessária”

Robert Louis Stevenson, escritor

A crescente descrença da população com relação às instituições políticas é uma marca de nosso tempo. As eleições diretas, antes vistas como um caminho para democracia, passam por um período incômodo no qual a sociedade desconfia dos postulantes aos cargos públicos.
A causa de parte dessa insatisfação com os agentes políticos deve ser creditada aos próprios eleitores. Os patrões dos agentes públicos são os cidadãos! São os cidadãos que selecionam quem deve ingressar ou manter-se na administração pública, através do exercício livre e soberano da sua vontade expressada no voto. Essa má escolha da população provoca o efeito indesejado do afastamento de pessoas honradas e qualificadas que preferem evitar o estigma do “político”, permitindo que indivíduos menos qualificados, moral e profissionalmente, sejam atraídos pela política. Em razão da atividade não requerer nenhuma formação prévia, não é estimulado o aperfeiçoamento e a atualização dos postulantes ou mesmo dos que exercem cargos públicos, o que resulta invariavelmente na ineficiência e incompetência administrativa. O cidadão deve exercer um voto inteligente e consciente, elegendo pessoas qualificadas e com potencial para melhor desempenhar a administração pública em busca do bem comum, que realmente sejam representantes da sociedade, e não meros usurpadores das benesses políticas. E, posteriormente, promover um controle social dos eleitos, cobrando o compromisso com as propostas de campanha.
A boa política deve ser resgatada, remetendo os políticos ineficientes ao ostracismo. A política é uma das mais nobres atividades, quando exercida com dignidade, e influencia diretamente na vida de toda a sociedade. A atividade política que determina os investimentos em segurança, saúde e educação, setores atualmente tão carentes de recursos. Os eleitores devem conhecer as intenções dos postulantes que possam ser colocadas em prática com eficácia e eficiência. Planos mirabolantes ou novas promessas que ainda não foram cumpridas por pessoas que detém o poder, devem ser descartadas. Se no período em que estiveram no exercício da administração pública, seja por quatro ou oito anos, os agentes políticos não executaram o que haviam se comprometido, não há motivo que justifique uma nova oportunidade a eles. Se com os que aí estão a política sofre severas críticas, as eleições são o momento da renovação! O novo político deve assumir a atividade política considerando imprescindível a necessidade de freqüente atualização, como as demais carreiras, o que seguramente contribuirá para elevar a qualidade dos representantes, recuperar o prestígio das instituições e consequentemente da democracia. São várias as pesquisas que demonstram quanto maior grau de instrução, menor são os índices de corrupção e leniência, promovendo uma melhor administração pública.
Para o bem da democracia representativa, esta deve ser renovada, ampliando o controle social para uma maior aproximação das reivindicações dos cidadãos, e gradativamente aumentando confiança da população. Deve-se fugir da representação parlamentar como mera profissão, interrompendo a continuidade da representação. Os postulantes aos cargos políticos devem ter a responsabilidade do ofício, e demonstrar condições e discernimento suficiente para propor, participar e votar. Um agente político com conhecimentos técnicos, qualificado, competente e dedicado às funções ou tarefas inerentes ao cargo promove uma melhor administração pública, refletida na melhora de toda sociedade.

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