Preto & Branco

Preto & Branco

FAVORITOS

  • http://pretoebrancopel.blogspot.com
  • http://www.pp-rs.org.br/rede/carreira11025
  • www.diariopopular.com.br
  • www.jornaltradicao.com.br
  • www.zerohora.com

terça-feira, 16 de março de 2010

Credibilidade política

A credibilidade pessoal é importante para qualquer atividade profissional. E não seria diferente para os agentes políticos. A credibilidade política não vem de herança, nem de família, nem de posição. Adquire-se a credibilidade política com ações, empenho, qualificação, competência e resultados.
A triagem dos candidatos é feita nas urnas, depois de um processo eleitoral livre e participativo. Mas para almejar uma melhor resposta, os eleitores deveriam considerar a vida pregressa dos aspirantes aos cargos públicos, pois o desempenho dessa função exige confiabilidade moral. Uma dos fatores a serem observados é o troca-troca partidário em busca do interesse pessoal. Esses oportunistas aproveitam a permissividade da Justiça Eleitoral, visto que a fidelidade para com as legendas só é exigida dos detentores de mandato, para promover uma verdadeira prostituição partidária. Em cada novo pleito esses interesseiros aparecem em uma nova agremiação política, sem considerar a ideologia e os estatutos. Podem estar em um partido democrático em uma oportunidade, mas logo passam para outro de ideologia comunista, e não tão admiravelmente em pouco tempo posam o lado de uma bandeira socialista. Ou seja, independente do grupo de pessoas que poderá representar, o que é colocado como essencial é a busca do quociente eleitoral para eleger-se. É a política do “o que é melhor para mim”, e não a do bem comum.
Na boa política não há espaço para aventureiros! De fato, que moral tem para legislar, ou mesmo exercer o poder executivo, o candidato que esteve envolvido com a transgressão da lei, em especial as leis que regem o processo eleitoral e a administração pública? Quem se propõe para o exercício de cargo político precisa ter ficha limpa para merecer a confiança dos cidadãos, assim como qualquer outro servidor público. E não basta argumentar que os eleitores têm a liberdade de escolher a quem eles querem: também é preciso resguardar a dignidade e a credibilidade no exercício dos cargos políticos. O cidadão eleitor deve prever que o candidato que não respeita uma lógica de postura político-partidária, quando eleito será um mero fantoche político que votará em defesa dos interesses próprios. Não há como esperar comportamento diferente. Tais oportunistas são os mesmos que facilmente cedem à propina, a um mensalão.
No momento em que a credibilidade política está abalada, o eleitor deve tomar a atitude de afastar da vida pública os oportunistas e interesseiros, mobilizando-se para reabilitação da ética na política. A vida pregressa, comportamento e valores defendidos pelos candidatos, bem como seu envolvimento na comunidade, em sociedades civis organizadas que defendam a ética, deverão pautar as escolhas dos cidadãos no pleito do próximo outubro. É preciso atacar na raiz do problema, para podermos cobrar ainda mais dos representantes políticos um comportamento digno com o objetivo de desenvolver o bem comum, e não os seus próprios bens.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Importância da política

A descrença é um sentimento generalizado com relação à política. Conversar sobre política proporciona reações de desaprovação nos ouvintes. Isso é lamentável, em especial nesse ano eleitoral.
Tornar-se um agente político é um grande desafio, desestimulado pela maioria das pessoas, que questionam as intenções das pessoas de bem que pretendem resgatar a boa política. Participar da política é poder! Poder fazer de uma forma diferente a gestão pública em prol da sociedade, através do conhecimento, da qualificação e dos valores pessoais. A política não deve ser algo negado, como alguns administradores públicos chegam ao absurdo de dizer “não sou político”, embora participe ativamente no processo político. Cada cidadão interessado no bem comum que deixa de participar ativamente do cenário político abre espaço para aventureiros que buscam tão somente o favorecimento pessoal.
O exercício da política, embora implícito, é diário. Estamos atuando politicamente quando nos relacionamos com os vizinhos, quando defendemos nossas opiniões, quando discutimos o que seria melhor para o condomínio ou para a cidade. A vida familiar cotidiana é afetada pela política quando o cardápio do almoço é decidido em conjunto ou quando da escolha do programa a ser assistido na televisão. Ainda, quando decidido algo de maneira monocrática e notificamos aos demais familiares, isso é ação política, mesmo que se assemelhe ao autoritarismo. A política é uma prática diária, e que deve ser transladada para discussões sobre a representação parlamentar ou do executivo, buscando eleger sempre os melhores candidatos, que dessa forma produzirão resultados positivos para toda sociedade.
No Brasil menos de 10% da população possui filiação partidária. Em um país onde há obrigatoriedade para os partidos viabilizarem a participação política dos cidadãos, sendo recusada, inclusive, a idéia de candidaturas avulsas, esse baixo índice é muito preocupante. Cabe aos partidos políticos o monopólio do lançamento de candidaturas, recrutadas nos seus quadros de filiados.
O afastamento voluntário da política deve ser substituído por uma atitude forte somada ao desejo de mudança, de alteração da representação política. A política deve ser entendida como a interpretação do estadista Churchill para a democracia – “Ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais”. Da mesma forma a política, ou seja, ninguém diz que a busca coletiva para o bem comum, o debate e a discussão de ideias são perfeitas ou sem defeito, são, talvez, as piores opções – depois de excluir todo o resto.
A política deve tratada forma séria! Uma qualificada representação política é a melhor via para alcançarmos as mudanças necessárias. O cidadão-eleitor deve ter em mente que a discussão e participação política proporcionam um voto qualificado, um instrumento de mudança, de oportunidade de melhorar os agentes políticos, que refletirá em toda sociedade.