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terça-feira, 27 de abril de 2010

Desencanto político


“É preciso ter coragem para ser político hoje. (...)É complicado alguém deixar a atividade em que atua para fazer política.”
Pedro Simon, Senador/RS

Pelo menos quatro nomes gaúchos de expressão abandonam voluntariamente o cenário da política nacional, não concorrendo a cargos eletivos nas próximas eleições em outubro. Somados passam de 3 milhões de votos nas últimas eleições gerais (2002 e 2006 - o RS tem cerca de 8 milhões de eleitores), e a história desses parlamentares se estende por mais de quarenta anos na administração pública.
A desilusão desses representantes do povo gaúcho passa pelo corporativismo político, que dá prioridade de votação para os projetos do governo, deixando de lado projetos de relevância e impopulares, bem como pelo desinteresse na reforma política e eleitoral, agora amplamente defendida pelo presidente Lula. No entanto, o mesmo Lula pouco contribuiu para que isso ocorresse em seus quase oito anos de mandato, legislando através de medidas provisórias que engessaram o Congresso Nacional.
O desencanto com a atual situação da democracia representativa do país não é só de seus futuros ex-representantes. Os cidadãos eleitores clamam pela renovação e uma nova forma de fazer política, um política de interesse. Mas de interesse nas necessidades da sociedade, e não de interesses pessoais ou políticos. O eleitor tem a chance de promover a mudança pelo voto, trocando a boa representação, que ora não concorrerá, por pessoas de bem que estes apoiarão, sejam para substituí-los diretamente, como em outros parlamentos. A história política escrita por estes representantes poderá nortear pessoas qualificadas para positivamente supera-los na vida pública. O eleitor tem os instrumentos para fazer essa seleção, com cada vez mais ferramentas para escolher o seu representante. Basta o interesse em conhecer a vida pregressa dos indicados para representá-lo, visto que estão disponibilizadas informações para análise cuidadosa dos candidatos, não cabendo mais a alegação que desconhece os candidatos. O eleitor pode facilmente saber se o candidato responde ou respondeu algum processo, em especial por improbidade administrativa, podendo descartar desde logo os chamados ficha-suja. Para um voto consciente é cada vez mais imprescindível a interatividade com o candidato. Em nosso sistema representativo o voto é obrigatório e a escolha pelo melhor dever feita!
É preciso a mobilização na busca de um caminho alternativo e eficiente, começando pela escolha de novos nomes para compor a política. A dignidade da política só será resgatada com a presença de pessoas qualificadas e que possam bem representar a sociedade. Pessoas que além da coragem e o necessário apoio familiar para tornar-se um agente político, participem de grupos que comungam das mesmas ideias. A política deve ser feita em preto e branco, de forma clara e transparente, sem floreios. Bons nomes estarão à disposição do eleitor.
O desencanto político, moral, ético e ideológico com os dirigentes do nosso país deve ser substituído pela mobilização popular, pela resposta positiva nas urnas, pela valorização das pessoas com qualidade que colocam o seu nome à disposição do eleitorado. Somente a união e a força do voto cidadão poderão fazer a diferença nas próximas administrações públicas.

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