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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Alternância no poder

As recentes pesquisas revelam o crescimento da candidata do governo à Presidência da República. Embora os números lhe confiram uma boa competitividade, a candidata do continuísmo ainda aparece em segundo lugar na enquete, e em uma perspectiva de segundo turno perde por uma muito boa vantagem do candidato da oposição.
Assim fica claro que a idéia “o terceiro mandato”, tão desejado pelo governo, haja visto o aumento de investimento em propaganda justamente no ano eleitoral, bem como a exposição da imagem da candidata “colada” ao presidente, é rechaçada pela maioria. Dessa forma os eleitores mostram maturidade em distinguir as exigências da democracia, como a alternância de partidos e de candidatos no poder, em substituição a administração atual, seja ela boa ou ruim. A aprovação não do governo, mas sim da figura carismática e midiática do presidente, segundo a mesma pesquisa, é tida como a melhor. Mas nem por isso, deve fazer a sucessora para mais quatro anos no cargo. Afinal, de 1989 para cá – ou seja, nos últimos 21 anos – o nome do líder e fundador do Partido dos Trabalhadores apareceu em todas as eleições.
O eleitor não quer saber dos interesses espúrios de partidos, com conotação de casuísmo e oportunismo. Na verdade, os cidadãos querem mudanças! A pesquisa ainda mostra que, se a aprovação do presidente é excelente, os cidadãos também sabem apontar seus pontos fracos. Pela ordem a violência e a criminalidade são o que mais incomodam os brasileiros, seguidos das drogas, do desemprego, da falta de oportunidades de trabalho e do sistema de saúde.
Mesmo que aproximadamente 32% dos entrevistados na pesquisa afirmarem que não tem nenhum interesse nas eleições gerais de outubro, evidenciando a escassa militância política e a falta de compromisso cidadão da grande maioria do povo brasileiro, a mesma situação de alternância no poder deverá ser repetida nos parlamentos federais e estaduais. Para ilustrar o desinteresse na tão requerida reforma eleitoral, o projeto denominado de iniciativa popular “Ficha Limpa” que tramita na Câmara dos Deputados, que proíbe a candidatura em eleições de processados na Justiça, ficará somente para março. E naquela data também deverá ser adiado, e em seguida os deputados voltarão suas forças na busca de uma nova reeleição. Com isso deixarão de analisar o projeto, que chegou ao Congresso Nacional com 1,5 milhão de assinaturas, até o mês de maio, data limite para que passasse a valer para as eleições de outubro.
Embora a reeleição por tempo ilimitado no legislativo, a renovação dos parlamentos é um clamor da sociedade, que enfim tem a oportunidade de intervir através do voto, e ver o seu desejo realizado. As reiteradas denúncias de corrupção estão motivando uma salutar reação de indignação. Novos nomes, novas idéias, pessoas qualificadas e comprometidas com a viabilidade de desenvolvimento do Estado e do País. Pessoas com as quais possa ser restaurada a confiança nas instituições políticas, condenando ao ostracismo os agentes que neutralizam sua eficácia e enredam o funcionamento do sistema democrático, tornando o bem público refém de interesses particulares.
É preciso a mobilização na busca de um caminho alternativo e eficiente, começando pela escolha de novos nomes da região, pessoas identificadas e que convivem com as mazelas do sul do Estado, resultado, em parte, da quase inexpressiva representatividade política nos parlamentos federal e estadual. A oxigenação política é possível, e depende do consenso para escolha dos candidatos, através de amplo envolvimento dos cidadãos, sociedade civil organizada e representantes de classe da região, evitando assim a pulverização de votos na região.

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