No dia 22 de abril do ano 1.500 chegava ao litoral da Terra de Santa Cruz a esquadra de Pedro Álvares Cabral. Resultado da aventura de seguir por mares nunca dantes navegados, como diria Luís de Camões, marcando o início da criação de um Estado que viria a se chamar Brasil. Embora o descobrimento marque a história oficial, não podemos olvidar as comunidades indígenas que aqui viviam e contribuíram muito para formação da cultura do país.
Nessa data, além do descobrimento do Brasil, é comemorado o dia da Comunidade Luso Brasileira, que representa a união sentimental entre Brasil e Portugal, elo não perdido com a separação em razão da proclamação da Independência em 1822. Entre muitas referências culturais temos a herança do idioma, que é fator imperativo de união para as duas comunidades. Fernando Pessoa o poeta português que afirmou tudo vale a pena se a alma não é pequena, também dizia que a língua portuguesa era a sua pátria. Uma pátria comum a mais de 220 milhões de pessoas em todo o mundo, concentradas em oito países (Portugal, Cabo Verde, Guiné- Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Angola, Timor Leste) incluindo o Brasil, além das regiões de Macau, Goa-Damão-Diu e Galiza. Na região uma das expressões mais marcantes da cultura lusitana é a culinária. Tendo o bacalhau como o prato mais conhecido, os doces também têm o seu destaque – a principal herança para os pelotenses – como a goiabada, marmelada, os bem-casados, olho-de-sogra, as queijadinhas.
Ao completar 510 anos do descobrimento, o Brasil também celebrará a democracia que terá em outubro o seu ápice: as eleições gerais. Os cidadãos brasileiros escolherão os seus representantes pelos próximos quatro anos (oito anos no caso dos senadores). Representantes que terão o desafio de prover à população serviços públicos com uma melhor qualidade, em especial a segurança, saúde e educação. Atender melhor ao cidadão, ampliar os serviços e a população servida, reduzir custos e aumentar a produtividade são objetivos que só podem ser atingidos com uma gestão pública mais eficiente, com a presença de pessoas mais comprometidas e qualificadas.
Assim como os portugueses, que para se lançarem ao mar venceram seus próprios medos, os brasileiros terão que mostra atitude de coragem e optar por mudança nas urnas. Para tanto, o eleitor deverá escolher novos e inovadores agentes políticos, em substituição aos ineficientes. Todavia, nem todos que hoje exercem o poder político são péssimos administradores públicos, visto que foram alcançadas várias conquistas nesses 509 anos pela ação política de homens dignos, os quais devem ser tomados como exemplo para superar os desafios do futuro de construir um Brasil mais digno
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