Preto & Branco

Preto & Branco

FAVORITOS

  • http://pretoebrancopel.blogspot.com
  • http://www.pp-rs.org.br/rede/carreira11025
  • www.diariopopular.com.br
  • www.jornaltradicao.com.br
  • www.zerohora.com

terça-feira, 22 de junho de 2010

Proximidade das eleições

Não admito, minha esperança é imortal!
E eu repito. Ouviram? Imortal!
Sei que não dá pra mudar o começo,
Mas se agente quiser,
Vai dar pra mudar o final!
Elisa Lucinda – Trecho de “Só de sacanagem”

Até o final do mês de junho ocorrerão as convenções partidárias e as definições de coligações para as eleições de outubro. Logo em seguida, a partir de 3 de julho, inicia-se a campanha eleitoral em meio a euforia da fase decisiva da Copa do Mundo.
A hora de depositar o voto na urna se aproxima! O momento de elegermos nossos futuros parlamentares e membros do executivo é o momento da decisão do que queremos para os próximos anos. Também é o momento do julgamento do desempenho político. Se quisermos manter o cenário que aí se encontra, basta a reeleição de muitos postulantes aos cargos públicos, ou mesmo a eleição de quem representa o continuísmo. Embora existam políticos dignos nos parlamentos, existem também aqueles que merecem a eliminação da vida pública. O candidato tem que estar consciente que será julgado pelos eleitores, colocando a disposição destes todas as informações sobre a sua pessoa, qualificações e vida pregressa. Os próprios partidos devem assumir e cumprir com rigor e eficiência o papel que lhe compete na real democracia, ou seja, selecionar de maneira democrática e responsável a nominata de candidatos à altura da demanda dos cidadãos. É essencial que os partidos políticos estejam comprometidos com a idoneidade de seus postulantes aos cargos públicos. Inadmissível que uma agremiação partidária considere bom candidato um cidadão que aja publicamente de forma desonrosa, sem legitimidade ética, com processos em andamento, e que mesmo assim se habilita para exercer um cargo público.
O grande e crescente número de votos brancos e nulos reflete que os candidatos não atendem as expectativas dos eleitores, deixando a política nacional em níveis de descrédito jamais visto. Se há o descontentamento com os políticos que têm mandato, é do jogo democrático votar em um candidato novo. A alternância no poder e a renovação política são fundamentais para a democracia. Não só a renovação de quadros, mas também renovação de costumes políticos com a abertura de espaço para novos agentes políticos com qualificação e experiências inovadoras, em plano nacional e internacional.
O cidadão embora insatisfeito com a situação atual, não deve fugir de sua responsabilidade. O eleitor deve assumir a busca pela seriedade das instituições políticas, deixando de votar em candidatos folclóricos, que nada contribuirão para o resgate da boa política. A política é uma forma de ação na vida social, e tem o alcance, o poder, de interferir na vida das pessoas. A solução não é se afastar da política para mudar, mas sim o sentido inverso de frustração, ou seja, uma atitude mais forte! O eleitor, agente da mudança, deve procurar eleger o candidato que apresente a combinação de atributos morais e técnicos, que o credenciem como um agente político competente.
O cidadão através do voto tem em suas mãos a possibilidade de escolha de candidatos com qualidades positivas compatíveis com a função política, com conhecimento em sentido amplo e identificados com as causas defendidas pelo partido a que pertence. O eleitor tem nas mãos a chance de mudar!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Acorda Zona Sul

Recentemente foi lançado por entidades de classe o Movimento Acorda Zona Sul, com o objetivo de aumentar a representatividade política da região sul nos parlamentos estadual e federal. O incremento do número de parlamentares da região sul é muito importante, mas também a renovação política se faz necessária.
A alternância no poder é uma das características positivas da democracia. Há novos nomes surgindo no cenário político regional com um imenso potencial político. Jovens qualificados, com experiência empresarial, negocial, de administração e até mesmo política. Novos nomes, novas perspectivas. Um grupo de políticos mais qualificados resulta em maior desenvolvimento regional e pluralismo de pensamentos. A inovação produzirá uma eficaz convergência de objetivos e de estratégias que resgatem a região do marasmo no qual se encontra, e a coloque finalmente no caminho da realização de suas esplêndidas potencialidades, na superação dos seus impasses, e na afirmação de sua importância no contexto estadual.
O eleitor deve priorizar a razão na escolha do candidato, esquivando-se de promessas mirabolantes e jogadas de marketing eleitoral. Deve concentrar-se na qualidade e capacidade do candidato transformar em ação aquilo que é necessário. A qualidade da democracia é proporcionalmente melhor quando os envolvidos são mais escolarizados. Assim como a incidência da corrupção é inversamente proporcional ao grau de formação. Um maior grau de exigência dos eleitores e a conscientização dos partidos permitirão uma representação política regional qualificada, de políticos com conhecimento em sentido amplo, responsáveis e identificados com as causas defendidas pelo partido.
A mudança de atitude dos eleitores da região sul é urgente e inadiável! Em razão da baixa representatividade política, poucos recursos são destinados à nossa região, ou ficam apenas concentrados nos municípios pólos. É preciso o fomento de uma política de cooperação regional, para a destinação de empreendimentos que gerem o desenvolvimento do conjunto, e não somente de municípios isoladamente.
A possibilidade de um caminho melhor para região também passa pela renovação da representação política.E não só renovação, como também inovação! O momento da escolha se aproxima. É preciso sacudir a pasmaceira do comodismo, e partir para um amplo consenso em torno de opções qualificadas que viabilizem o crescimento regional.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Profissão: político

“A política talvez seja a única profissão em relação a qual se
considera que nenhuma formação prévia é necessária”

Robert Louis Stevenson, escritor

A crescente descrença da população com relação às instituições políticas é uma marca de nosso tempo. As eleições diretas, antes vistas como um caminho para democracia, passam por um período incômodo no qual a sociedade desconfia dos postulantes aos cargos públicos.
A causa de parte dessa insatisfação com os agentes políticos deve ser creditada aos próprios eleitores. Os patrões dos agentes públicos são os cidadãos! São os cidadãos que selecionam quem deve ingressar ou manter-se na administração pública, através do exercício livre e soberano da sua vontade expressada no voto. Essa má escolha da população provoca o efeito indesejado do afastamento de pessoas honradas e qualificadas que preferem evitar o estigma do “político”, permitindo que indivíduos menos qualificados, moral e profissionalmente, sejam atraídos pela política. Em razão da atividade não requerer nenhuma formação prévia, não é estimulado o aperfeiçoamento e a atualização dos postulantes ou mesmo dos que exercem cargos públicos, o que resulta invariavelmente na ineficiência e incompetência administrativa. O cidadão deve exercer um voto inteligente e consciente, elegendo pessoas qualificadas e com potencial para melhor desempenhar a administração pública em busca do bem comum, que realmente sejam representantes da sociedade, e não meros usurpadores das benesses políticas. E, posteriormente, promover um controle social dos eleitos, cobrando o compromisso com as propostas de campanha.
A boa política deve ser resgatada, remetendo os políticos ineficientes ao ostracismo. A política é uma das mais nobres atividades, quando exercida com dignidade, e influencia diretamente na vida de toda a sociedade. A atividade política que determina os investimentos em segurança, saúde e educação, setores atualmente tão carentes de recursos. Os eleitores devem conhecer as intenções dos postulantes que possam ser colocadas em prática com eficácia e eficiência. Planos mirabolantes ou novas promessas que ainda não foram cumpridas por pessoas que detém o poder, devem ser descartadas. Se no período em que estiveram no exercício da administração pública, seja por quatro ou oito anos, os agentes políticos não executaram o que haviam se comprometido, não há motivo que justifique uma nova oportunidade a eles. Se com os que aí estão a política sofre severas críticas, as eleições são o momento da renovação! O novo político deve assumir a atividade política considerando imprescindível a necessidade de freqüente atualização, como as demais carreiras, o que seguramente contribuirá para elevar a qualidade dos representantes, recuperar o prestígio das instituições e consequentemente da democracia. São várias as pesquisas que demonstram quanto maior grau de instrução, menor são os índices de corrupção e leniência, promovendo uma melhor administração pública.
Para o bem da democracia representativa, esta deve ser renovada, ampliando o controle social para uma maior aproximação das reivindicações dos cidadãos, e gradativamente aumentando confiança da população. Deve-se fugir da representação parlamentar como mera profissão, interrompendo a continuidade da representação. Os postulantes aos cargos políticos devem ter a responsabilidade do ofício, e demonstrar condições e discernimento suficiente para propor, participar e votar. Um agente político com conhecimentos técnicos, qualificado, competente e dedicado às funções ou tarefas inerentes ao cargo promove uma melhor administração pública, refletida na melhora de toda sociedade.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Consciência eleitoral

Com a proximidade das eleições de outubro muito vai se falar em voto consciente e eleitor consciente. Mas o que realmente é esta consciência eleitoral? È sabido que a maioria das pessoas pouco se interessa por política, e nem se preocupa em acompanhar o jogo de poder. O interesse aumenta somente na época de eleição, até porque o cidadão é obrigado a votar. Poucos participam ativamente do processo eleitoral. Isto é evidente nos números: no Brasil cerca de apenas 10% do eleitorado de 126 milhões é filiado a partidos políticos.
O eleitor consciente é aquele que compreende, apesar dos problemas, que a política é um relevante instrumento do desenvolvimento de toda sociedade. Este eleitor analisa as propostas e conhece a história dos candidatos e partidos, acompanha os debates, participa de organizações sociais ou comunitárias, e eventualmente pode participar das reuniões políticas. Os eleitores conscientes entendem a importância do voto para a construção da cidadania, e que a política e os políticos, por vezes, não fazem por merecer o seu voto. Mas, sabem também, que ser cidadão implica em participar ativamente, repensando atitudes, e se necessário alternando pessoas e partidos no poder.
A confiança é condição primeira para qualquer relacionamento, em especial o de representatividade política. Embora os partidos políticos deixarem a desejar quanto a sua responsabilidade na seleção de membros, que está longe de ser rigorosa, chegando a alguns momentos divergir da ética da sociedade e beirar ao deboche, o eleitor deve selecionar pessoas confiáveis e com credibilidade para ocuparem os cargos públicos. A omissão da agremiação partidária de excluir da sua nominata candidatos com vida pregressa incompatível com as funções públicas, bem como deixar de punir quem pratica atos duvidosos em termos éticos, deve ser combatida pelo eleitor consciente de forma a deixar este agente no ostracismo, no limbo político. Quem, por qualquer motivo, é conhecido por falta de compostura, atos duvidosos em relação à ética e ao bem comum, deve ficar de fora do cenário político, a fim de uma purificação gradual deste meio.
O eleitor através do exercício de cidadania deve afastar da atividade política os agentes que acabam chamando mais atenção pela falta de compostura com que agem, do que pelo exemplo com que tratam do bem público. A honestidade não é proposta de governo – é o mínimo que se espera e que devemos cobrar de qualquer um, seja político ou não. Está em jogo o voto responsável! A consciência de que o voto além de ser um dever cívico, é o meio de prospectar um futuro melhor. O cidadão consciente e bem-informado é um eleitor atuante que sabe o valor do seu voto, e pode influenciar positivamente as pessoas à sua volta.